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Self Healing em Smart Grids

Foto do escritor: Fábio Junior AlvesFábio Junior Alves

Atualizado: 9 de set. de 2019

Redes elétricas inteligentes ou Smart Grids consistem basicamente na otimização e gerenciamento do sistema elétrico, desde a geração até o consumo, utilizando para isso sensores, monitores, acesso remoto, automação e sistemas integrados visando melhorias dos sistemas elétricos, tanto a nível de eficiência bem como da segurança do sistema (Gellings, 2009).

Segundo Momoh (2012) a rede de distribuição (RD) atualmente tem características como consumidores desinformados e não participantes da rede; lentas respostas em problemas na qualidade de energia e vários obstáculos para inserção de fontes de energia distribuída. Portanto, à tendência das novas redes inteligentes possuírem fontes distribuídas e ativas que permitam a comutação e reconfiguração de seus equipamentos, é natural repensar a forma como se operam as redes de modo a comportar maiores funcionalidades e permitir assim benefícios tanto ao consumidor de energia quanto para as concessionárias (DOE, 2007) – através de modicidade tarifária e melhor provimento de energia, por exemplo.

Como uma das funcionalidades do smart grid, o self-healing (auto-cura) vem com o objetivo de melhorar a confiabilidade da rede e ter uma resposta rápida quando ocorre uma falha na RD, isolando a falta e reduzindo o período de falta na rede (IEA, 2011). O conceito de Self Healing é denominado como a capacidade de um sistema de detectar, isolar e se recompor automaticamente após a ocorrência de uma falta. Isto é possível devido aos agentes do sistema executarem ações pré-programadas de chaveamento como resposta imediata a falta ocorrida, atuando de forma que a falha seja isolada e o fluxo de potência seja mantido através de caminhos alternativos. Esta situação possibilita que a recomposição seja automática, ou seja, sem a intervenção humana nos processos de baixo nível do sistema. Define-se um sistema “self-healing” (auto-regenerável ou auto-recuperável) como aquele capaz de detectar, analisar, responder e restaurar falhas na rede de EE de forma automática (e em alguns casos de forma instantânea). Tais sistemas utilizam informação em tempo real gerada por sensores dispostos na rede de distribuição para responder de modo reativo (quando já ocorreu degradação do serviço) ou pró-ativo (ainda sem restrição ao serviço contratado) a problemas da rede, evitando ou mitigando automaticamente quedas de energia, problemas com a qualidade de energia e a descontinuidade de serviços. Em suma, sistemas “self-healing” promovem o aumento no nível de confiabilidade do suprimento de energia elétrica. (VIEIRA e ARAÚJO, 2011)

Os benefícios da aplicação do conceito de self healing em sistemas elétricos incluem: (i) rápida restauração do sistema ao modo operativo; (ii) restauração de maior quantidade de cargas e (iii) menor necessidade de enviar equipes de campo para reconfigurar a rede (Oualmakran, Melendez e Herraiz, 2012).


DOE (Department of Energy) - Office of Electricity Delivery and Energy Reliability, (2007),. “A System View of the Modern Grid – AppendixA1 Self Heals”. Disponível em: <http://www.smartgridnews.com/artman/uploads/

1/Self_Heals_Final_v2_0.pdf>.

Gellings C. W., (2009), The Smart Grid: enabling energy efficiency and demand response. The Fairmont Press, Inc.


IEA (Internacional Energy Agency), (2011), “Technology Roadmap - Smart Grid.” pp. 1–48.


Momoh, J. A., (2012), “Smart Grid - Fundamentals of Design and Analysis”, Hoboken, New Jersey, Wiley-IEEE Press.


Oualmakran, Y.; Melendez, J.; Herraiz, S., (2012), “Self-healing for smart grids: Problem formulation and considerations”. 3rd IEEE PES International Conference and Exhibition on Innovative Smart Grid Technologies (ISGT Europe), pp.1,6,14-17 Oct. 2012.


VIEIRA, J. G.;GRANATO, S. Medição inteligente e a Smart Grid. Smartgrid news, 2011.


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